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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Não diga que não avisei!




Não diga que não avisei!





Acho que sou muito fácil,
Mas todos dizem que não;
Gosto das coisas de um jeito
Que não tem explicação.
Não adianta um caderno
Com tudo tin tin por tin tin,
Que as regras dos outros
Não funcionam pra mim
Você pode até pensar
Que foi falta de castigo,
Mas meus pais fizeram tudo
O que sabiam comigo.
A língua é bem afiada,
Mas o coração é bom;
Se me tratar com carinho
Sou mais doce que bombom.
Não me ofereça presunto,
manga, quiabo e jiló;
Jaca também não me desce,
Não há uma lista pior.
Se quiser me agradar
É mais fácil que a crianças,
Me dê papel e caneta
E me encha de esperanças.
Só não tente provocar
Minha parte irritadinha
Ou você vai preferir
Beijar um galo de rinha.
Estou dizendo isso tudo
Para não ouvir qualquer dia
Que você dormiu com brisa
E acordou com ventania.
Não te prometo um amor
Que a gente vê em novela,
Ofereço a realidade
E o que vier com ela.
Há dias que vou te querer
Em outros irei me isolar,
Mas se tiver paciência
Apesar da aparente ausência
E de tanta incoerência
Eu volto a te procurar.

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