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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Savana.

Gosto da palavra
savana.
Não sei exatamente
o motivo,
algo de liberdade,
de chuva caindo
na tarde ociosa.
Algo de afago de gato
entre pés sob a mesa.
Achava eu, savana,
era sinônimo de almofada.
Olho na cara da palavra
e vejo uma almofada
gorda e macia
no cento de onde quer
que tenha sido posta.
Savana, pra mim,
é aconchego da casa.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Cereja.

São antiinflamatórias!
Diria o médico e
o hipocondríaco.
(Quando não são
a mesma pessoa,
claro!).
São decorativas!
Diria Brunet,
filosoficamente.
São gostosas e
suculentas!
Diria o feirante
a fim de acabar com seu
estoque do dia.

Pois direi a vocês
quem somos,
nós, as cerejas
carmesins:

- Somos pequenas
bolas de sangue,
do sangue que verte
entre os que fervem.
Somos ouro vermelho,
raro,
lúdico.
Somos pequenos mundos
eclodidos
na mordedura fatal
e libertadora.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Ilusão (Di)alética.


Fartas porções à mesa,
do café da manhã.
Pedaços espalhados
sobre a pia
da cozinha.
Caquinhos na calçada.
Não digo nada
ao passar distraída
entre eles.
Há mais pedaços
de você aqui
que em você mesmo?
Ou tudo não passa
de ilusão
do meu coração vesgo?!

sábado, 3 de janeiro de 2015

Apenas mais uma do calor.


São três da manhã
em Copacabana
e faz 29°.
Assim não há jeito,
e até o amor
vai pra International Falls!


P.S.: Esse poemeto se refere à madrugada de 02.01.2015, quando os termômetros marcaram 29° em Copacabana às 3h.
P.S.: International Falls é um dos 8 lugares mais frios do planeta, com temperaturas que podem chegar a -40°.

Poema de fim de noite.


Sem chance!
Nem com mil
amores-perfeitos
te abro meu peito!
Prefiro o silêncio
do "modo avião"
pro meu coração.
Espere.
Um dia, quem sabe,
Abracadabra(!)
E a porta se abre?
Não sou mais criança,
mas minha esperança
acredita em magia.
Quem diria!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Poeminha para o recomeço.

Oportunidades
são vitórias régias
boiando,
enigmáticas e tranquilas,
na superfície da vida.
Convidativas.
Suportam sobre si algum peso,
mas não todos.
É saber dosar,
saber onde pisar,
escolher o que carregar
sobre os ombros.
Oportunidades
também são pássaros,
leves e emplumados
sobre galhos ressequidos.
Não são capturáveis.
São raros e fugazes,
e só pousam entre os dedos
dos escolhidos.