Essa calçada
riscada de giz,
passou por um triz.
E o pique esconde
na rua do bonde
virou cicatriz.
Dorme criança
e acorda atriz!
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domingo, 23 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Retrato.
Sou folha
que o vento dispersa,
sou persa
em meio à batalha,
sou falha
em terreno escarpado,
bailado
na última dança.
Sou lança
pontiaguda;
Ajuda,
na hora do aperto.
Deserto
sem fim nem começo,
se esqueço
de ler o Neruda.
Sou muda
que vinga na terra,
que berra
por direito à vida.
Sou lida
no sol e na chuva,
a curva
que a estrada conserva.
Sou serva
Que não se contenta,
e tenta
dar molde à palavra;
sou lava
que o chão arrebenta;
a escrava
que o verso liberta:
quieta,
é quando declaro;
se falo,
se esconde a poeta.
que o vento dispersa,
sou persa
em meio à batalha,
sou falha
em terreno escarpado,
bailado
na última dança.
Sou lança
pontiaguda;
Ajuda,
na hora do aperto.
Deserto
sem fim nem começo,
se esqueço
de ler o Neruda.
Sou muda
que vinga na terra,
que berra
por direito à vida.
Sou lida
no sol e na chuva,
a curva
que a estrada conserva.
Sou serva
Que não se contenta,
e tenta
dar molde à palavra;
sou lava
que o chão arrebenta;
a escrava
que o verso liberta:
quieta,
é quando declaro;
se falo,
se esconde a poeta.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Menino de rua.
Ele vai pra escola
só pela comida -
é assim a vida.
Ele cheira cola
no meio da rua,
e a culpa é sua!
Ele pede esmola
sem dignidade
em tão tenra idade,
e, numa sacola
leva um pão partido
pro irmão querido.
O menino implora,
- "Mas a vida é dura"! -
diz o caminhante.
E, sem mais demora,
lacra a sepultura
de seu semelhante.
só pela comida -
é assim a vida.
Ele cheira cola
no meio da rua,
e a culpa é sua!
Ele pede esmola
sem dignidade
em tão tenra idade,
e, numa sacola
leva um pão partido
pro irmão querido.
O menino implora,
- "Mas a vida é dura"! -
diz o caminhante.
E, sem mais demora,
lacra a sepultura
de seu semelhante.
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